Você sabe identificar nota falsa? Confira dicas para não cair em golpes

Por: Ariane Terrinha em 25/05/2021
Nota falsa

Os bancos digitais invadiram o cotidiano de milhares de pessoas. Essas instituições facilitam as transações financeiras, encurtam distâncias econômicas e diminuem a burocracia no dia a dia, acelerando a troca de dinheiro. O mesmo pode ser dito sobre soluções digitais, como o PIX, por exemplo. 

No entanto, embora esse aparato tecnológico e digital esteja mais presente do cotidiano, com a virtualização da moeda crescendo a cada dia, a maioria das pessoas lida com notas físicas. No entanto, ao lidar com dinheiro literalmente nas mãos, a maioria da população não sabe identificar nota falsa.  

No dia a dia mais corrida, com uma compra instantânea, por exemplo, é possível que uma pessoa venha a repassar uma nota falsa sem saber. Imagine, assim, a seguinte situação: você vai comprar uma refeição para o almoço e paga com dinheiro físico. 

A pessoa do outro lado do caixa devolve o troco com algumas notas falsas. Da sua parte, você não tem tempo para identificar nota falsa. Mais do que isso, você não tem tempo, não sabe ler uma nota e nem cogitou, na sua cabeça, identificar nota falsa.  

No final do dia, com as mesmas notas em mãos, você vai comprar outra mercadoria. Contudo, a pessoa que está no caixa sabe identificar nota falsa e não permite que você faça a compra. 

Além de ficar impossibilitado de fazer a aquisição com as notas, que são falsas, você fica envergonhado pela situação, como se você tivesse gerado de maneira consciente o uso daquele dinheiro falso. 

Essa situação fictícia descrita acima acontece mais do que você imagina na realidade. Por esse e outro motivos, vamos detalhar a seguir como você pode identificar nota falsa no seu dia a dia. 

Identificar nota falsa a partir dos elementos visuais 

Todas as notas verdadeiras apresentam um conjunto de elementos visuais. Essa composição estética muitas vezes é perceptível até mesmo de longa distância. No entanto, para identificar nota falsa, é preciso se atender aos detalhes desses elementos visuais que asseguram a autenticidade da nota e, consequentemente, o dinheiro como bem de valor e moeda de troca. 

Pensando na moeda Real, do lado da face do Real e não da figura do animal representado na nota, os elementos que asseguram a autenticidade são: 

  • Na parte superior à direita: faixa holográfica; quebra-cabeça; 
  • Na parte superior, da direita ao centro da nota: marca d’água
  • À direita da nota: marca de segurança, visível sob a luz ultravioleta;
  • Na parte inferior da nota, no centro: fio de segurança;
  • À esquerda da nota: número “escondido”, visível ao aproximar a cédula junto aos olhos, na horizontal.

Do outro lado da cédula, saiba como identificar nota falsa ou garantir a autenticidade da mesma: 

  • Na parte superior à direita: alto-relevo perto da grafia “Banco Central do Brasil”;
  • Na parte superior à direita: desenho com características mais complexas;
  • Na parte inferior à direita e superior à esquerda: numeração duplicada;
  • No centro da cédula: microimpressões;
  • Na parte inferior à esquerda: número escondido; 

Para identificar nota falsa a partir da textura das cédulas

Para identificar nota falsa, é possível analisar também outros elementos que vão além dos detalhes visuais. Cédulas emitidas pela Casa da Moeda de 1994 até 2010 têm uma textura mais espessa. Além disso, há um relevo na figura da República, onde se encontra escrito “Banco Central do Brasil”. Esse tipo de textura também pode ser identificada nos números do valor das notas.

Já nas notas em circulação a partir de 2010 conta com elementos textuais diferentes. Assim, é possível identificar uma textura diferenciada na escrita “República Federativa do Brasil”, no número presente no canto inferior esquerdo, bem como na numeração do canto superior direito das notas de R$ 50 e R$ 100 e nas extremidades da nota. 

Já no verso, somente nas cédulas de R$ 20, R$ 50 e R$ 100, há uma textura diferenciada na escrita “Banco Central do Brasil”, na ilustração do animal e no número. Todos esses elementos textuais, vale ressaltar, ajudam a identificar nota falsa de maneira rápida. 

Ao identificar nota falsa, o que fazer?

Agora que você já sabe como identificar nota falsa, digamos que você tenha em suas mãos uma cédula falsificada, o que você deve fazer? A maioria das pessoas diria: “repassar para outra, através de uma compra ou troca”. No entanto, essa é a pior decisão a ser tomada. 

Além de ser crime, com pena prevista de seis meses a dois anos, acrescida de multa, quem recebe e mantém a nota em circulação, repassando para terceiros, atrapalha o comércio.

Pense bem: se uma nota falsa chegou até você, foi porque alguém a repassou. Agora imagine se todo mundo fizesse isso com o volume de notas falsificadas que estão em circulação. As chances de você pegar mais de uma nota falsa, num período curto tempo, seriam maiores.

Mas afinal, o que fazer ao identificar nota falsa? Caso você pegue uma nota num caixa bancário, o gerente do banco deve ser informado. Essa situação é mais comum do que muita gente pode imaginar. Como resposta, o banco deve trocar a nota falsa por uma verdadeira. Esse procedimento vale para quem é correntista do banco e para as pessoas que apenas utilizam o caixa para realizar saques esporádicos. No mais, em casos como esse, não é necessário registrar um boletim de ocorrência. 

Veja aqui também nova nota de 200 reais: como identificar a original?

E no comércio? Como identificar nota falsa?

Já no comércio, ao identificar nota falsa, é necessário que você leve a cédula até o banco e lá informe o gerente. A agência bancária, da sua parte, foi solicitar o seu nome completo, CPF e endereço. Em seguida, o banco irá encaminhar a nota para ser analisada pelo Banco Central.

Nesse caso, é possível acompanhar de forma gratuita o andamento da análise da nota por meio do site www3.bcb.gov.br/mecpublico. Caso a nota seja verdadeira, o banco que enviou a cédula ao Banco Central deve fazer o reembolso do valor a você. No entanto, se a nota for falsa, não haverá reembolso.

(Redação: Luis Gabateli)