Chegar a 1 milhão de visualizações no YouTube é o sonho de muita gente que cria conteúdo. Mas, quando esse número finalmente aparece, surge a dúvida: quanto o YouTube paga por 1 milhão de visualizações?
A verdade é que não existe um valor fixo que o YouTube paga por 1 milhão de views. Tudo depende do nicho, do público, do formato do vídeo, da duração, da época do ano e de como o canal está monetizado.
Ainda assim, dá para ter uma ideia realista dos valores mais comuns e entender o que faz um vídeo render mais ou menos dinheiro.
Antes de tudo: como o YouTube paga os criadores?
Para começar a receber qualquer valor, o canal precisa fazer parte do Programa de Parcerias do YouTube (YPP). É ele que libera a monetização e conecta o canal ao Google AdSense, que é o sistema responsável pelos pagamentos.
Depois de aprovado, você passa a ganhar dinheiro com:
- anúncios exibidos nos vídeos
- assinantes do YouTube Premium
- Super Chat e Super Stickers em lives
- Clube do canal (membros)
- compras e gorjetas em alguns formatos
A principal fonte de renda, para a maioria, ainda são os anúncios, e é aqui que entram duas palavras importantes: CPM e RPM.

CPM x RPM: por que isso muda tudo no seu pagamento
O YouTube não paga por visualização em si. Ele paga pela exibição de anúncios. E para entender os valores, você precisa conhecer duas siglas:
CPM – Custo por mil impressões
É quanto os anunciantes pagam para o YouTube a cada 1.000 impressões de anúncios.
RPM – Receita por mil visualizações
É quanto você realmente ganha a cada 1.000 visualizações do vídeo.
O RPM considera a parte do YouTube, que fica com cerca de 45% da receita de anúncios. É por isso que ele é o número que importa de verdade.
O RPM muda de canal para canal e até de vídeo para vídeo. É ele que faz um criador ganhar muito com 1 milhão de views e outro ganhar quase nada.
Afinal, quanto o YouTube paga por 1 milhão de visualizações?
Agora que você já sabe como funciona a monetização, podemos entrar no número que você realmente quer saber. Embora não exista valor exato, dá para trabalhar com faixas usuais de rendimento.
Em vídeos longos
Na média dos criadores brasileiros, o RPM costuma variar entre R 3 e R$10.
Fazendo a conta simples:
- RPM de R$ 3 → cerca de R$ 3.000 por 1 milhão de views
- RPM de R$ 5 → cerca de R$ 5.000 por 1 milhão de views
- RPM de R$ 10 → cerca de R$ 10.000 por 1 milhão de views
E pode ser mais? Sim. Vídeos de nicho mais “caro”, como:
- finanças
- tecnologia
- negócios
- reviews de produtos
- marketing
podem alcançar RPM maior, porque atraem anunciantes que pagam mais.
Por outro lado, nichos como humor, entretenimento geral, desafios, reacts e vlogs costumam ter RPM menor.
Em Shorts
Aqui o cenário muda bastante.
Os Shorts pagam muito menos. Mesmo com 1 milhão de visualizações, é comum que o criador receba apenas dezenas de reais ou dólares, dependendo do canal.
Por isso, os Shorts são excelentes para crescer, mas não para ganhar dinheiro direto com a monetização.

Por que dois vídeos com 1 milhão de views ganham valores tão diferentes?
Essa é a parte que mais confunde quem está começando. A quantidade de visualizações importa, claro, mas não é o fator principal. O que realmente faz diferença é o contexto desses views.
1. O nicho do canal
Anunciantes pagam mais para aparecer em certos temas. Exemplo de nichos com CPM mais alto:
- finanças pessoais e investimentos
- tecnologia e reviews
- saúde e fitness
- educação e carreira
Nesses casos, o RPM tende a ser maior.
Já nichos amplos, como humor, variedades e entretenimento, tendem a gerar RPM menor.
2. A localização do público
O que importa não é onde o criador mora, mas onde o espectador está.
- Views dos EUA, Canadá e Europa costumam valer mais.
- Views de países emergentes costumam pagar menos.
Se o seu canal é brasileiro, mas recebe muitas visualizações de outros países, isso pode elevar bastante o seu RPM.
3. A duração do vídeo
Vídeos acima de 8 minutos permitem que você insira anúncios no meio do vídeo, não apenas no início.
Isso aumenta a quantidade de anúncios exibidos e, consequentemente, a receita.
4. A retenção do público
Não adianta ter um vídeo longo se ninguém fica até o final.
Quanto mais o público assiste, maior a chance do YouTube mostrar novos anúncios e recomendar ainda mais o seu vídeo.
5. A época do ano
Sazonalidade faz diferença. Em datas como Black Friday e Natal, os anunciantes investem mais, e o CPM tende a subir. Já em períodos mais fracos, o RPM pode cair.
6. O tipo de conteúdo
Vídeos que respondem dúvidas, tutoriais, análises e conteúdos educativos tendem a ter melhores resultados do que conteúdos rápidos e superficiais.
Isso influencia a qualidade da audiência, o comportamento e o valor que o anunciante vê no vídeo.

Quanto rendem 50 mil, 100 mil e 500 mil visualizações?
Para quem está começando e ainda não chegou a 1 milhão de views, vale ter uma noção do que esperar em valores menores.
Usando RPM entre R$3 e R$10, temos:
50 mil visualizações
- R$150 a R$ 500
100 mil visualizações
- R$300 a R$ 1.000
500 mil visualizações
- R$1.500 a R$ 5.000
Isso ajuda a entender que não é preciso bater 1 milhão para começar a ganhar dinheiro. Consistência pesa mais que viralização.
O que você precisa para monetizar o seu canal?
Para receber qualquer valor do YouTube, você precisa atender aos requisitos do Programa de Parcerias:
- ter pelo menos 1.000 inscritos
- atingir as metas de horas assistidas ou visualizações em Shorts
- seguir as diretrizes da plataforma
- ter uma conta do Google AdSense configurada
Sem isso, mesmo que você faça 1 milhão de visualizações, não recebe nada.
Dicas para ganhar mais com o mesmo número de views
Se você quer aumentar a receita sem depender da sorte, essas estratégias ajudam muito:
Escolha temas valorizados dentro do seu nicho
Não precisa mudar o canal, mas você pode ajustar a abordagem para temas mais monetizáveis.
Melhore a retenção
Quanto mais tempo o espectador fica no vídeo, mais anúncios aparecem.
Use Shorts com estratégia
Eles ajudam a trazer novos inscritos e aumentar o alcance dos vídeos longos, que são os que realmente pagam bem.
Aprenda a escrever bons títulos e thumbnails
CTR faz muita diferença. Sem cliques, não há visualizações, e sem visualizações, não há monetização.
Não dependa só do AdSense
Canais que ganham mais costumam combinar:
- AdSense
- afiliados
- produtos próprios
- parcerias e publis
- cursos e mentorias
O YouTube vira um “hub” de oportunidades, não a única renda.
No fim das contas, 1 milhão de visualizações pode render pouco, render bem ou render muito, tudo depende do nicho, do público e da qualidade do conteúdo.
Em vídeos longos, a média brasileira costuma ficar entre R$3.000 e R$10.000, mas esse número pode variar bastante.
A boa notícia é que, com estratégia, consistência e foco em conteúdo que o público realmente quer ver, qualquer canal pode aumentar sua receita e transformar o YouTube em uma fonte real de ganhos.




