Top 5 times mais endividados do Brasil em 2025

Conheça os clubes com as maiores dívidas e entenda como chegaram a essa situação

Por: Gustavo Marlieri em 13/06/2025
estádio de futebol representando os Times mais endividados do Brasil

Os times mais endividados do Brasil em 2025 enfrentam desafios que vão muito além das quatro linhas.

A dívida bilionária acumulada por grandes clubes como Corinthians, Atlético-MG e Cruzeiro levanta um alerta sobre a gestão financeira do futebol brasileiro e como ela impacta o desempenho dos times em campo.

Neste artigo do Plusdin, você vai descobrir quais são os cinco clubes com as maiores dívidas atualmente, o que causou esse rombo nas finanças e o que os torcedores podem esperar dos próximos anos.

Spoiler: nem tudo está perdido, mas é preciso ficar de olho!

Prepare-se para entender como a paixão por futebol esbarra na realidade dos números – e como isso pode afetar o futuro do seu time do coração.

Por que os clubes brasileiros estão tão endividados?

O futebol brasileiro é uma potência dentro de campo, mas nos bastidores a história é bem diferente.

Muitos clubes acumulam dívidas que ultrapassam centenas de milhões de reais. Mas por que isso acontece?

1. Gestão ineficiente e ciclos de dívidas crescentes

Durante muitos anos, a administração de clubes foi marcada por decisões amadoras, falta de planejamento e muita emoção – o oposto da frieza que o dinheiro exige.

Em vez de tratar os clubes como empresas, dirigentes tomaram decisões que priorizavam o imediatismo, como contratações milionárias e salários altos, sem pensar no impacto financeiro de longo prazo.

Essa má gestão acabou gerando um ciclo vicioso: clubes endividados tomam empréstimos para cobrir dívidas anteriores, o que apenas aumenta o buraco. É como tentar apagar fogo com gasolina.

2. Gastos com elenco e folha salarial além do orçamento

Outro fator crítico está no desequilíbrio entre receitas e despesas. Clubes que arrecadam R$ 300 milhões por ano, por exemplo, gastam R$ 350 milhões – e isso se repete temporada após temporada.

Os maiores vilões? Folha salarial inflada, premiações por metas não atingidas e comissões absurdas para empresários.

O resultado? Dívidas trabalhistas, fiscais, bancárias e uma pilha de processos na Justiça. Para completar, nem sempre os reforços entregam o que prometem dentro de campo.

3. Impacto da pandemia e da queda de arrecadação

Entre 2020 e 2022, a pandemia de COVID-19 agravou ainda mais esse cenário. Com estádios vazios e patrocínios em baixa, os clubes perderam uma fatia considerável da receita.

Muitos não conseguiram adaptar seus custos à nova realidade, o que fez a dívida explodir.

Mesmo com a volta do público e a recuperação da economia, os efeitos ainda são sentidos em 2024 – e devem durar por muitos anos.

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Ranking atualizado – Os 5 times mais endividados do Brasil

A seguir, veja o levantamento mais recente com os clubes brasileiros que mais devem, considerando balanços financeiros divulgados até o fim de 2024.

Os valores são estimados e representam dívidas totais, incluindo pendências tributárias, trabalhistas e bancárias.

5º lugar: São Paulo – R$ 852,9 milhões

O Tricolor Paulista, conhecido por sua história vitoriosa, enfrenta uma realidade preocupante fora de campo.

Com mais de R$ 850 milhões em dívidas, o clube viu sua situação se deteriorar nos últimos anos, especialmente por conta de empréstimos bancários e atrasos em pagamentos.

Mesmo com receitas expressivas de bilheteria e direitos de transmissão, o São Paulo ainda não consegue equilibrar as contas. O desafio é reestruturar a gestão sem perder competitividade.

4º lugar: Vasco da Gama – R$ 928,5 milhões

Apesar de ter se tornado SAF e ter parte de sua dívida renegociada, o Vasco ainda carrega quase R$ 1 bilhão em passivos.

A má administração nas últimas décadas deixou um legado de problemas que a nova gestão precisa resolver com muito cuidado.

A torcida, apaixonada e engajada, pressiona por resultados, mas o foco da SAF tem sido o saneamento financeiro.

Um futuro mais promissor depende de equilíbrio entre investimento esportivo e responsabilidade fiscal.

3º lugar: Cruzeiro – R$ 981,1 milhões

O Cruzeiro viveu uma crise profunda após sua queda para a Série B em 2019. O clube acumulou quase R$ 1 bilhão em dívidas, envolvendo contratos irregulares, fraudes internas e descuidos administrativos.

Com a chegada da SAF de Ronaldo Fenômeno, o foco passou a ser a renegociação das dívidas e o controle rígido dos gastos.

Ainda há um longo caminho pela frente, mas o clube já começa a respirar.

2º lugar: Atlético Mineiro – R$ 1,4 bilhão

O Galo investiu pesado nos últimos anos, com contratações de peso e construção de estádio próprio.

No entanto, essa ousadia teve um preço: o clube ultrapassou a marca de R$ 1,4 bilhão em dívidas.

Apesar de contar com empresários e investidores que ajudam a bancar parte dos custos, o Atlético precisa gerar mais receitas e reduzir despesas para evitar uma crise futura.

O projeto da SAF está em andamento e pode ajudar na reestruturação.

1º lugar: Corinthians – R$ 1,9 bilhão

O Corinthians é, disparado, o clube mais endividado do Brasil em 2024. Com quase R$ 2 bilhões em dívidas, o Timão enfrenta problemas seríssimos com a Arena Itaquera, além de pendências trabalhistas e fiscais.

A falta de títulos recentes e a pressão da torcida agravam ainda mais o cenário. Internamente, há discussões sobre virar SAF, mas até o momento o clube segue no modelo associativo – e sem um plano claro de recuperação.

Quais clubes se destacam pela boa saúde financeira?

Nem tudo é notícia ruim. Clubes como Athletico-PR e Cuiabá têm se destacado pela responsabilidade financeira e planejamento a longo prazo.

O Athletico, por exemplo, mantém suas finanças equilibradas há anos, investe na base e vende jogadores com alta margem de lucro.

Esses exemplos mostram que é possível conciliar futebol competitivo com gestão eficiente.

O segredo está na transparência, no controle de custos e na visão empresarial.

O que o torcedor precisa entender sobre a dívida do seu time

Quando um clube está endividado, as consequências vão além do balanço financeiro. Isso pode afetar diretamente:

  • a qualidade do elenco (já que não há verba para grandes reforços);
  • o pagamento de salários em dia (o que causa insatisfação e baixa produtividade);
  • a capacidade de competir em alto nível (por limitações impostas pela FIFA e CBF).

Além disso, muitas vezes o torcedor acaba sendo usado como argumento para endividar ainda mais o clube, com promessas de títulos a qualquer custo.

É fundamental que os fãs se informem, cobrem gestão transparente e apoiem mudanças que priorizem o futuro do clube – mesmo que o presente não traga tantos troféus.

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Perguntas frequentes sobre os clubes mais endividados

1. Quais são os times mais endividados do Brasil atualmente?

Em 2025, os cinco clubes mais endividados são: Corinthians, Atlético Mineiro, Cruzeiro, Vasco da Gama e São Paulo. Juntos, acumulam mais de R$ 6 bilhões em dívidas.

2. A dívida dos clubes brasileiros pode causar falência?

Sim. Embora falência formal seja rara no futebol, dívidas elevadas podem levar à perda de competitividade, bloqueios judiciais, rebaixamentos e até encerramento de atividades, como já aconteceu com clubes menores.

3. SAF ajuda a reduzir a dívida dos clubes?

Sim, desde que bem implementada. A SAF permite que o clube capte recursos de investidores e renegocie dívidas, mas é preciso gestão profissional e metas claras.

4. Qual é o clube com melhor gestão financeira no Brasil?

Atualmente, Athletico-PR e Cuiabá são exemplos positivos. Ambos apresentam balanços com dívida zero e planejamento sólido, mesmo sem arrecadações gigantes.

5. Por que os clubes grandes têm mais dívidas que os pequenos?

Grandes clubes movimentam mais dinheiro, o que também aumenta os riscos de má gestão. Além disso, a pressão por títulos faz com que muitos gastem acima do que arrecadam.

A dívida dos clubes brasileiros precisa de mais atenção

O futebol brasileiro vive uma contradição: paixão em campo, caos fora dele. Os times mais endividados do Brasil não chegaram a essa situação por azar, mas por anos de decisões ruins e falta de responsabilidade.

Enquanto alguns clubes seguem na contramão e mostram que é possível crescer com os pés no chão, outros ainda insistem em soluções mágicas.

Cabe ao torcedor cobrar, apoiar e escolher de que lado da história seu time vai estar.

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