O empréstimo consignado privado pode ser uma boa opção para quem trabalha de carteira assinada e precisa de um dinheiro. Mas aí você pensou:”fiz um empréstimo e perdi o emprego, como fica minha situação?”
Por ser um empréstimo que está relacionado ao seu salário, é muito importante saber o que acontece com a dívida se você for demitido ou mudar de emprego.
E hoje vamos explicar o que você pode fazer se isso acontecer.
O que é um empréstimo consignado?
O empréstimo consignado é uma opção de linha de crédito em que as parcelas são descontadas diretamente na sua folha de pagamento.
Eles podem ser usados para adquirir uma casa, pagar algumas contas atrasadas ou até mesmo comprar um carro.
No entanto, uma situação recorrente e que gera dúvidas é: fiz um empréstimo e perdi o emprego, e agora?
Nesse caso, existem duas regras: você deverá liquidar o valor restante de uma só vez, ou passará a pagar as taxas de mercado balcão.
O que acontece com o empréstimo consignado quando você é demitido?
O empréstimo consignado tem como principal característica o desconto direto na folha de pagamento. Por isso, os juros são mais baixos e o prazo costuma ser mais longo.
Mas e quando o salário deixa de cair na conta?
➤ O contrato continua ativo
A demissão não cancela o empréstimo. Mesmo sem salário, a dívida continua existindo e o banco ainda tem o direito de receber os valores restantes.
Segundo a Lei 10.820/2003, em caso de demissão, o banco pode:
- Descontar parte do valor da sua rescisão trabalhista, se o contrato permitir;
- Cobrar as parcelas restantes via boleto bancário ou débito em conta;
- Exigir a quitação antecipada em algumas situações.
Atenção: se você pediu demissão por vontade própria, a empresa pode usar até 30% da sua rescisão para amortizar o valor do empréstimo, se isso estiver previsto no contrato com a instituição financeira.
O que fazer assim que for demitido?
Agora que você entendeu que a dívida continua, o mais importante é ter um plano de ação. Veja os principais passos:
1. Analise o seu contrato
Antes de tudo, revise as cláusulas do seu contrato de empréstimo. Veja:
- O que está previsto em caso de demissão?
- Existe alguma cobrança de multa?
- As parcelas restantes mudam de valor?
Se não tiver o contrato em mãos, entre em contato com o banco ou instituição financeira.
2. Use a rescisão com inteligência
Caso você tenha direito à rescisão (FGTS, aviso-prévio, férias, 13º etc.), use esse dinheiro com prioridade para quitar ou pelo menos amortizar o empréstimo.
Dica: priorize o pagamento das parcelas mais próximas ou aquelas com maior incidência de juros. Isso evita inadimplência e ainda dá um respiro no orçamento.
Não consegue pagar o empréstimo? Veja o que fazer
Nem sempre a rescisão cobre tudo ou sobra dinheiro. Se esse for o seu caso, veja como agir:
1. Comunique o banco imediatamente
Entre em contato com o banco ou financeira responsável pelo empréstimo assim que souber da demissão.
Isso mostra boa-fé e abre portas para:
- Negociar o valor das parcelas;
- Solicitar uma pausa nos pagamentos (carência);
- Refinanciar a dívida com novas condições.
Importante: Os bancos preferem renegociar a perder. Use isso a seu favor.
2. Solicite o seguro-desemprego
Se você foi demitido sem justa causa e tem carteira assinada, é provável que tenha direito ao seguro-desemprego.
O valor pode não ser o mesmo do salário anterior, mas ajuda a manter as contas em dia por alguns meses, incluindo o pagamento das parcelas do empréstimo.
Para saber quanto você tem direito, acesse um simulador de seguro desemprego.
Como gerar renda para quitar seu empréstimo?
Uma das melhores saídas quando se perde a renda principal é buscar formas alternativas de ganhar dinheiro. Mesmo que seja algo temporário.
Aqui vão algumas ideias que funcionam:
- Venda de produtos feitos por você: doces, salgados, artesanato, roupas customizadas etc.
- Freelas ou bicos: delivery, cuidador de pets, serviços domésticos, reformas.
- Reaproveitamento de habilidades: se você sabe costurar, cozinhar, vender, ensinar, use isso agora.
Além disso, use o tempo livre para aprender algo novo com cursos gratuitos. Eles podem abrir portas para uma nova fonte de renda.
E se eu mudar de emprego?
Se você foi recontratado ou conseguiu um novo trabalho com carteira assinada, pode transferir o desconto do consignado para a nova empresa, mas isso depende de um detalhe importante:
->A nova empresa precisa ter convênio com o banco onde você contratou o empréstimo.
Se tiver, o desconto volta a ser feito na folha de pagamento. Caso não tenha, a dívida continua sendo cobrada via boleto ou outro meio acordado.
E se meu nome for negativado?
Caso você atrase as parcelas por mais de 30 dias, é possível que o banco insira seu CPF nos órgãos de proteção ao crédito, como Serasa ou SPC.
Se isso acontecer, a prioridade deve ser negociar a dívida imediatamente para limpar seu nome e evitar que a situação fique ainda mais difícil.
Empresas como a Meu Acerto, Serasa Limpa Nome e Acordo Certo oferecem renegociações com até 90% de desconto.
O mais importante é agir e não deixar de pagar o empréstimo
Se você fez um empréstimo e perdeu o emprego, a situação pode parecer assustadora, mas com organização, negociação e atitude, é possível sair do sufoco.
Reveja suas finanças, entre em contato com a instituição, corte gastos, busque renda alternativa e, acima de tudo, mantenha o controle da situação.
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