Quanto Tempo o Banco Pode Cobrar uma Dívida Judicialmente no Brasil?

Por: Joyce em 06/09/2024
Quanto Tempo o Banco Pode Cobrar uma Dívida

Descubra aqui quanto tempo o banco pode cobrar uma dívida e veja dicas para evitar processos judiciais e estratégias para renegociar dívidas.

O que é uma dívida judicialmente cobrável?

Uma dívida passa a ser judicialmente cobrável quando o credor, após esgotar as tentativas de cobrança extrajudicial, recorre ao Poder Judiciário para exigir que o devedor cumpra a obrigação de pagamento.

Isso ocorre por meio de processos que seguem determinadas etapas estipuladas pela lei.

Não são todas as dívidas que podem ser cobradas judicialmente, existem critérios que devem ser observados:

  • Existência de um título executivo: Um documento que comprove a dívida, como um contrato ou nota promissória.
  • Liquidez: O valor da dívida deve ser determinado ou determinável.
  • Certigudade: Não deve haver dúvidas sobre a existência da dívida.
  • Exigibilidade: A dívida deve estar vencida e não paga.

Entendendo os prazos de prescrição de dívidas no Brasil

Os prazos de prescrição de dívidas são prazos legais após os quais as dívidas não podem mais ser cobradas judicialmente. No Brasil, esses prazos são estabelecidos pelo Código Civil e variam de acordo com o tipo de dívida.

Os prazos de prescrição para dívidas comuns são geralmente de 3 a 10 anos, dependendo da natureza da obrigação. Por exemplo:

Tipo de Dívida Prazo de Prescrição
Aluguel 3 anos
Dívidas líquidas 5 anos
Relações de consumo 5 anos
Títulos de crédito (cheque, por exemplo) Varia conforme o caso, geralmente 6 meses a 1 ano após a apresentação

Diferença entre prescrição e decadência nas dívidas

  • Prescrição: Refere-se ao direito de ação, ou seja, ao prazo que uma pessoa possui para exigir na Justiça o cumprimento de uma obrigação. Após esse prazo, a ação para cobrança da dívida torna-se inviável, mas a própria dívida permanece existindo.
  • Decadência: Diz respeito ao direito em si e não apenas à ação. Quando ocorre a decadência, o direito deixa de existir após o fim do prazo estabelecido pela lei ou contrato.

Como funciona o processo de cobrança judicial de dívidas por bancos

Etapa Descrição
Ajuizamento Banco entra com a ação na Justiça
Citação Devedor é notificado da ação e do prazo para pagamento ou defesa
Defesa Devedor apresenta sua resposta à ação
Sentença Juiz decide sobre a validade da cobrança e valores

Os direitos do consumidor frente às cobranças de dívidas

  • Direito à informação clara e precisa: O devedor tem o direito de ser informado sobre a natureza, composição e motivo da dívida, assim como os meios para sua quitação ou contestação.
  • Proteção contra constrangimento ou ameaça: É vedado ao credor expor o consumidor ao ridículo ou submetê-lo a qualquer tipo de ameaça ou coação durante a cobrança.
  • Direito à privacidade: O credor não pode divulgar a condição de devedor do consumidor de forma pejorativa ou fora dos limites da cobrança.

Impactos de uma dívida judicialmente cobrada na vida do devedor

Quando um banco leva a dívida a juízo, os impactos na vida do devedor podem ser significativos: restrição de crédito, penhora de bens e até atos constritivos no CPF ou CNPJ, afetando diretamente a capacidade do devedor de realizar operações financeiras.

O registro da ação judicial em órgãos de proteção ao crédito, como SPC e Serasa, é uma consequência comum, o que traz dificuldades adicionais para obter novos financiamentos ou empréstimos, comprometendo a recuperação financeira do indivíduo ou da empresa.

Medidas preventivas para evitar a judicialização de dívidas bancárias

A judicialização de dívidas bancárias pode ser evitada por meio de educação financeira e negociação ativa nos primeiros sinais de dificuldade de pagamento. Algumas práticas recomendadas são:

  • Controle orçamentário: Acompanhar receitas e despesas para evitar o endividamento.
  • Comunicação com os credores: Buscar acordos amigáveis assim que identificar dificuldades de pagamento.
  • Consulta a especialistas: Procurar ajuda profissional para reestruturar finanças e negociar dívidas.

Papel dos órgãos de proteção ao crédito na cobrança de dívidas

Órgãos como o Serasa e o SPC atuam como intermediários entre consumidores e credores, auxiliando na negociação e conforme o caso, viabilizando a regularização de dívidas.

Eles mantêm bancos de dados atualizados sobre a situação de crédito de consumidores e empresas, sendo ferramentas importantes no mercado de crédito.

Como renegociar dívidas com bancos antes da ação judicial

É sempre mais vantajoso resolver pendências financeiras antes de se tornarem processos judiciais. Renegociar dívidas com bancos pode ser feito seguindo esses passos:

  • Análise da situação financeira: Avaliar o quanto é possível comprometer do orçamento para o pagamento da dívida.
  • Contato com o banco: Iniciar uma conversa transparente e honesta com o banco para explicar a situação e buscar alternativas de pagamento.
  • Proposta de acordo: Elaborar e apresentar uma proposta de acordo que seja viável para ambas as partes.

Perguntas Frequentes (FAQ)

  1. Quanto tempo um banco pode cobrar uma dívida judicialmente? R: O banco pode cobrar uma dívida judicialmente enquanto não houver prescrição, que varia de 3 a 10 anos conforme o tipo de dívida e legislação aplicável.
  2. O que acontece se eu não pagar uma dívida que está sendo cobrada na Justiça? R: Se você não pagar, o banco pode solicitar a penhora de seus bens, inclusão do nome em órgãos de proteção ao crédito e outras medidas judiciais.
  3. A prescrição da dívida significa que eu não preciso mais pagar? R: A prescrição impede o credor de cobrar judicialmente, mas a dívida ainda existe. É recomendável negociar o seu pagamento, pois isso impacta sua reputação de crédito.
  4. Como posso saber se minha dívida foi prescrita? R: Você deve analisar a data do último pagamento ou reconhecimento da dívida e comparar com os prazos previstos pelo Código Civil.
  5. Pode haver cobrança de dívidas após a prescrição? R: Após a prescrição, não pode haver cobrança judicial. Cobranças extrajudiciais ainda podem ocorrer, mas devem respeitar os direitos dos consumidores.
  6. Como funcionam os prazos de prescrição para dívidas de cartão de crédito? R: Geralmente, o prazo de prescrição para dívidas de cartão de crédito é de 5 anos, conforme as regras de relações de consumo.
  7. Posso ser cobrado por uma dívida que não reconheço? R: Se você não reconhece a dívida, pode contestá-la judicialmente exigindo que o credor comprove a sua existência e correção dos valores cobrados.
  8. Como negociar uma dívida bancária antes que ela vá para a Justiça? R: Analise sua capacidade financeira e proponha ao banco um acordo viável. Se for necessário, procure a assistência de um especialista financeiro ou advogado.

A educação financeira é essencial para evitar que dívidas cheguem à esfera judicial. Com o conhecimento necessário, as pessoas podem administrar melhor suas finanças, evitar o endividamento excessivo.

Agora você ja sabe e entende tudo sobre Dívida judicialmente, entenda também sobre conta digital jurídica  

Gostou do conteúdo? continue lendo o blog da Plusdin.