Como pagar INSS desempregado

Por: Joyce em 16/04/2024
Como pagar INSS desempregado

A trajetória profissional nem sempre é linear e momentos de desemprego podem surgir no caminho de qualquer trabalhador. Nessas horas, fica o questionamento: como manter as contribuições para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e garantir os benefícios a longo prazo? Este é um assunto de suma importância, pois os benefícios do INSS representam a principal fonte de renda para muitos brasileiros na aposentadoria, além de oferecerem proteção em casos de doença, gravidez, prisão ou morte, garantindo apoio à família do segurado.

Não somente abordaremos as categorias de segurados e qual a mais adequada para desempregados, mas também explicaremos como efetuar o cálculo da contribuição e quais as vantagens de tornar-se um contribuinte facultativo. Além disso, discutiremos sobre os períodos de carência e os procedimentos para pagamento via GPS, assim como as dicas para não perder o direito aos benefícios. Trata-se de um conteúdo rico e esclarecedor que visa auxiliar a todos que passam por este momento de transição.

Introdução ao INSS e sua importância para o trabalhador brasileiro

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é uma instituição que representa um dos pilares da seguridade social no Brasil. Seu papel é gerenciar os recursos destinados a garantir os direitos dos cidadãos relacionados à aposentadoria, benefícios por incapacidade, pensões e outros tipos de assistência social, tais como o auxílio-reclusão e o salário-maternidade.

O funcionamento do INSS é baseado no regime de contribuição. Isso significa que os trabalhadores pagam mensalmente um percentual do seu rendimento, que vai compor um fundo destinado a cobrir os benefícios. Portanto, estar em dia com as contribuições é crucial para usufruir das vantagens oferecidas pelo sistema previdenciário.

A importância do INSS para o trabalhador brasileiro é inquestionável. Além de ser uma forma de poupança compulsória que viabiliza a aposentadoria no futuro, o INSS oferece proteção em várias situações de vulnerabilidade, funcionando como uma rede de segurança que ampara o trabalhador e sua família em momentos difíceis.

Por que continuar contribuindo para o INSS mesmo estando desempregado?

Ao perder o emprego, muitas pessoas optam por interromper suas contribuições ao INSS, o que pode ser uma decisão precipitada. A continuidade das contribuições garante a manutenção dos direitos previdenciários e o cumprimento dos períodos de carência exigidos para a aquisição de benefícios.

Contribuir para o INSS enquanto desempregado assegura também a manutenção do chamado “período de graça”, em que o trabalhador continua segurado por algum tempo após o término do seu último vínculo empregatício. Esta é uma vantagem que muitos desconhecem, mas que pode fazer diferença ao requerer benefícios.

Outro ponto relevante é que o histórico de contribuições ao INSS pode influenciar no valor da aposentadoria. Dessa forma, pagar INSS desempregado pode ser uma estratégia para garantir uma maior renda na terceira idade.

Os benefícios de manter-se regular com o INSS durante o período de desemprego

Manter-se regular com o INSS durante o período de desemprego traz uma série de benefícios que vão além da aposentadoria. Entre eles, podemos destacar:

  • Manutenção da Qualidade de Segurado: Sem interrupções nas contribuições, o trabalhador garante a manutenção de sua condição de segurado e preserva o acesso a benefícios como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.
  • Contagem para Tempo de Contribuição: Cada mês contribuído conta para o requisito de tempo de contribuição para aposentadoria, seja por idade ou por tempo de serviço.
  • Direito a Recolher Contribuições Atrasadas: Em determinadas situações, é possível recolher contribuições em atraso para regularizar a situação junto ao INSS e não perder a qualidade de segurado.

Categorias de segurados pelo INSS: qual a mais adequada para desempregados

Os segurados do INSS são classificados em diferentes categorias, cada uma adaptada a uma situação específica. Para os desempregados, a categoria mais adequada é a de segurado facultativo. Esta modalidade permite que pessoas sem renda própria, que não exerçam atividade remunerada, possam contribuir voluntariamente.

Segue uma tabela exemplificando as categorias de segurados:

Categoria Descrição
Empregado Trabalhador de carteira assinada ou servidor público
Autônomo Trabalhador que presta serviços de forma autônoma
Facultativo Aquele que contribui voluntariamente, incluindo desempregados

Passo a passo para realizar a contribuição como segurado facultativo

Para contribuir ao INSS como segurado facultativo, siga os seguintes passos:

  1. Escolha do Plano de Contribuição
    • Define-se a alíquota de contribuição que incidirá sobre o salário de contribuição escolhido.
  2. Emissão da Guia da Previdência Social (GPS)
    • A guia pode ser gerada no site da Previdência ou retirada nas agências do INSS.
  3. Realização do Pagamento
    • O pagamento pode ser feito em agências bancárias ou casas lotéricas.

Cálculo da contribuição: como definir o valor a ser pago mensalmente

O cálculo da contribuição mensal depende da alíquota escolhida pelo segurado facultativo. Existem opções de 5%, para quem tem direito ao plano simplificado, 11%, referente ao plano normal, e 20%, que dá direito a todos os benefícios do INSS.

Exemplificaremos as alíquotas e bases de cálculo em uma tabela abaixo:

Alíquota Base de Cálculo
5% Salário mínimo
11% Até o teto do INSS
20% Entre o salário mínimo e o teto do INSS

Veja o guia completo de como calcular o INSS. 

Vantagens de pagar INSS desempregado

Ser um contribuinte facultativo do INSS oferece vantagens como:

  1. Acesso a todos os benefícios previdenciários: Pagando a alíquota de 20%, o contribuinte facultativo tem acesso à totalidade dos benefícios do INSS.
  2. Flexibilidade: O contribuinte facultativo pode escolher o valor da sua contribuição, dentro dos limites estabelecidos pela legislação.
  3. Proteção à família: A contribuição garante direitos previdenciários não apenas para o contribuinte, mas também para seus dependentes.

Períodos de carência: o que são e como afetam o segurado desempregado

Os períodos de carência são o número mínimo de contribuições mensais necessárias para que o segurado tenha direito a algum benefício. Para o segurado desempregado, manter a regularidade das contribuições é essencial para não ter que reiniciar a contagem da carência quando retornar ao mercado de trabalho ou ao decidir por aposentar-se.

A tabela a seguir ilustra alguns benefícios e suas respectivas carências:

Benefício Período de Carência
Aposentadoria por idade 180 contribuições
Auxílio-doença 12 contribuições
Aposentadoria por invalidez 12 contribuições

Procedimentos para o pagamento da contribuição INSS via GPS (Guia da Previdência Social)

O pagamento da contribuição ao INSS é realizado por meio da GPS. O processo envolve:

  1. Preenchimento da GPS:
    • A guia pode ser adquirida em papelarias ou gerada online no site da Previdência Social.
  2. Escolha do Código de Pagamento:
    • Cada categoria de segurado possui um código específico que deve ser utilizado na guia.
  3. Realização do Pagamento:
    • Após o preenchimento, o pagamento pode ser efetuado em bancos conveniados, casas lotéricas ou via internet banking.

Pagar INSS desempregado: dicas para não perder o direito aos benefícios

Para não perder os direitos previdenciários, é importante:

  • Manter a Regularidade das Contribuições:
    • Evite interrupções longas que excedam o período de graça.
  • Planejamento Financeiro:
    • Reserve um valor mensal para a contribuição ao INSS mesmo estando desempregado.
  • Informar-se Regularmente:
    • Mantenha-se atualizado sobre as mudanças na legislação previdenciária.

Conclusão: A importância de pagar INSS desempregado

Manter a contribuição ao INSS mesmo sem emprego formal é uma decisão inteligente e de longo alcance. É um investimento na qualidade de vida futura e na proteção contra riscos que afetam a todos. O planejamento e a conscientização sobre o papel da previdência social são fundamentais para garantir que essa segurança exista quando mais precisarmos.

FAQ

  1. Quem pode ser um contribuinte facultativo do INSS?
    • Qualquer pessoa maior de 16 anos que não tenha renda própria de trabalho pode contribuir como facultativo.
  2. Por que é importante pagar oINSS mesmo desempregado?
    • Para manter a qualidade de segurado e garantir a continuidade dos direitos a benefícios futuros.
  3. Qual a diferença entre as alíquotas de contribuição?
    • Cada alíquota dá direito a diferentes benefícios, variando de acordo com o valor contribuído.
  4. Como faço para calcular minha contribuição facultativa?
    • Escolha a alíquota e aplique sobre o valor que deseja definir como seu salário de contribuição.
  5. O que é período de graça?
    • Período em que o segurado mantém seus direitos previdenciários após parar de contribuir.
  6. Quais são os códigos de pagamento para contribuinte facultativo?
    • A depender da alíquota, os códigos variam entre 1406, 1473 e 1007.
  7. O que acontece se eu perder a qualidade de segurado?
    • Você pode ter que cumprir uma nova carência para obter benefícios.
  8. É possível pagar contribuições em atraso?
    • Em alguns casos, sim. É necessário fazer uma consulta junto ao INSS para regularizar a situação