Como sua mente age diante do dinheiro? Como você se organiza para pagar as contas? De que maneira você fala de dinheiro com seus filhos? Você investe?
Se a sua resposta foi algo como “minha vida financeira está o verdadeiro caos” ou “tenho completa noção da grana na minha conta”, por favor, continue a leitura. O conteúdo, aliás, vai ser sobre:
- Conceitos sobre educação financeira;
- A importância da educação financeira;
- Como falar com crianças sobre dinheiro;
- A importância de estudar sobre finanças;
- Como colocar em prática os conceitos sobre educação financeira;
- Dicas de leituras sobre finanças;
- Dicas de aplicativos sobre finanças;
- Como ser seu próprio educador financeiro.
O que é educação financeira?
A educação financeira, de forma bem resumida, é um estilo de vida. Tem a ver com os seus hábitos e comportamentos com relação ao dinheiro e ainda com a maneira como você lida com a sua grana.
Podemos dizer também que a ideia de ser alguém financeiramente educado implica em ter objetivos e sonhos de curto, médio e longo prazo.
E que está relacionado a saber usar ferramentas que ajudam a eliminar o aperto no bolso e permitem uma vida de conforto e consciência.
Mente tranquila, conta equilibrada
Não precisa ser nem um Dalai-lama para entender que dinheiro bem gerenciado também gera mente e rotina tranquila, certo? Começar a colocar essa dica em prática pode até parecer desafiador demais. No entanto, com o tempo fica tão natural que você acaba percebendo que é apenas uma questão de hábito.
Então, é preciso ter em mente alguns aspectos como:
- Comprar por impulso e sem necessidade desgasta a saúde financeira (e mental);
- Controlar o dinheiro garante que você não faça dívidas à toa;
- Ter um padrão de vida condizente ao seu orçamento garante tranquilidade financeira (e mental);
- Organizar ganhos e gastos é uma boa maneira de dominar suas finanças;
- Saber poupar e investir ajuda a construir um patrimônio para toda uma vida.
Educação financeira é para quem tem muito dinheiro?
Educação financeira é para todos. Até quem tem muito dinheiro precisa de disciplina para continuar tendo muito dinheiro. É muito fácil sair gastando por aí quando se sabe que dinheiro não é o problema.
Agora, quem não tem, ao tratar do dinheiro com dignidade e conhecimento, o jogo muda e o dinheiro tende a render. Pense assim: se organizar direitinho, todo mundo junta uma grana e vai pra Disney.
Estudar, estudar, estudar
Educação financeira não está diretamente ligada ao seu salário, apenas. É importante que ele faça parte do seu planejamento, mas lembre-se que ele pode mudar ou simplesmente deixar de existir.
O aprendizado em finanças vem para transformar sua relação com o dinheiro em algo leve, sem dor de cabeça. Ter educação financeira (batemos nessa tecla novamente) é não se tornar refém da sua grana. E, para isso, é preciso estudar. Como?
- Comece estudando seus hábitos financeiros e não deixe de anotá-los. Inclusive os gastos ao longo de um mês, por exemplo;
- Estude também mercado financeiro, economia doméstica, investimentos, psicologia e economia;
- Existem apps, livros e cursos que podem transformar a sua educação financeira a de sua família. Siga conosco, falaremos disso já já.
Colocando em prática os aprendizados
Todo aprendizado necessita de execução. Não dá para apenas ler livros, estudar conceitos, ver vídeos e não aplicar isso na sua rotina.
Não precisa ser tudo de uma vez. Ao aprender uma prática ou ensinamento específico, leve ele à exaustão na sua vida, até que tenha dominado esse tópico.
E mais: para ter uma vida financeira plena, é necessário também educar quem está perto. Pode ser seu marido, sua esposa, pai, mãe, amigo e até mesmo, filhos pequenos.
Pensando e agindo desta forma, a família toda opera para fazer o dinheiro prosperar.
Educação financeira infantil: é preciso começar desde cedo?
Obviamente. Entender o valor do dinheiro desde cedo é importante para evitar decisões precipitadas na vida financeira na fase adulta.
Além do mais, o ser humano funciona por estímulos e incentivos, principalmente na fase infantil. Ao conquistar um objetivo e sentir satisfação, a tendência é repetir a ação.
Como falar de dinheiro com crianças?
O assunto parece ser delicado e difícil, né? Mas não precisa ser. Crianças conhecem o dinheiro e sabem que ele pode ser trocado por outras coisas, seja uma guloseima ou um brinquedo. O desafio é fazer elas entenderem a importância de cada centavo gasto. E para isso, você pode usar estratégias como:
- Ir, por exemplo, ao mercado e oferecer a ela a escolha de um produto por uma quantidade X de dinheiro;
- Montar um cofrinho dentro de casa para a criança ir entrando no clima da economia;
- Oferecer mesadas para ela ter noção do quanto recebe e do quanto pode gastar;
- Abrir uma conta e ensinar operações bancárias.
Qual é a função dos pais nesse processo educativo?
Crianças tendem a copiar os adultos em alguns aspectos e os pais são a principal influência. Se vão iniciar juntos o processo de educação financeira, é interessante incluir a criança e ensiná-la de forma lúdica a entender certos conceitos.
Falamos de algumas dicas acima, mas você mesmo pode criar as suas. Se quiser, compartilhe conosco suas criações, escreva nos comentários.
Qual é a importância da educação financeira?
De forma direta, a educação financeira traz reais benefícios não só para o seu bolso, mas para a sua vida no geral. Ao eliminar as preocupações com dinheiro, você não sobrecarrega sua mente, não fica ansioso e toma decisões mais assertivas.
Previsibilidade e imprevistos
A educação financeira permite entender que imprevistos acontecem e você deve estar preparado para eles. Para isso, é preciso entender a diferença entre previsibilidade e imprevisibilidade.
Vamos lá: previsibilidade é tudo aquilo que está sob o seu controle. Em termos de finanças isso significa:
- Mensalidade escolar;
- Compras no supermercado;
- Valor destinado para investimento;
- Valor do aluguel;
- Valor do plano de saúde;
- Presentinhos de aniversário, Páscoa e Natal.
Agora, imprevisto é tudo aquilo que não está sob seu controle. Em termos de finanças, são os perrengues da vida que fazem você gastar seu dinheiro. Isso pode se materializar como:
- Um chuveiro queimado;
- Um pneu do carro que estoura;
- Uma emergência médica (para quem não tem convênio).
Materialização de sonhos
O principal momento da educação financeira é quando você vê seus desejos virando realidade. É o momento da materialização. A dica é começar com metas pequenas para desfrutar de momentos de satisfação contínuos.
Pense em um objetivo e comece a colocar em prática os seus estudos de educação financeira para realizá-lo. Pode ser um curso, por exemplo. Veja aqui alguns itens que estão na lista dos melhores sonhos:
- Ter uma casa própria;
- Fazer uma viagem internacional;
- Ter um carro incrível;
- Ter condições de pagar um bom plano de saúde;
- Ter condições de pagar a escola dos filhos.
Dívidas nunca mais
Nem só de pagar boletos é feita a vida. Todos temos contas a pagar, mas não podemos ser reféns dos boletos. O conceito de dívida não é tudo aquilo que passou do vencimento.
Dívida é o produto parcelado no cartão, no carnê, no cheque. Ou seja, tudo aquilo que você ainda não pagou de fato.
Ao se livrar de dívidas completamente desnecessárias, você vai perceber seu dinheiro rendendo muito mais. Antes de parcelar algo, se pergunte se você pode esperar mais um pouco e comprá-lo à vista, por exemplo.
Temos a ilusão de que possuímos mais dinheiro quando parcelamos, mas a verdade é que ficamos receosos e o sentimento de alívio só bate ao final da última parcela. Analise a sua fatura. A maioria das coisas que foram parceladas, podiam esperar um pouco mais.
Reforçando: boas práticas de educação financeira
1 – Tenha uma noção real do seu orçamento. Esse é o primeiro passo. Nada de ficar pensando “ah, vai dar pra pagar” e depois se manter em desespero.
2 – Faça metas de curto, médio e longo prazo. Não precisam ser muuuitas metas. Uma de cada já está bom para começar. Dessa forma, você consegue usar seu dinheiro com mais consciência e foco, evitando gastos desnecessários. Quando nosso dinheiro tem destino certo, fica mais fácil não ceder às tentações.
3 – Quite suas dívidas e se policie para não fazer outras. Difícil, né? Talvez essa seja a primeira coisa a ser feita. Planeje-se para eliminar suas dívidas e começar suas metas do zero, para não se atrapalhar na hora de poupar. Mesmo que demore, quite tudo que está pendente e, durante o processo, não faça novas contas. Trabalhe apenas com as dívidas recorrentes, como aluguel, essas coisas.
4 – Tenha uma reserva de emergência
A reserva de emergência é crucial para trabalhar com imprevistos. Ela será uma espécie de porto seguro. Não mexa nesse dinheiro. Deixe ele quietinho como se não fosse seu. Use ele apenas em casos extremamente necessários. Caso contrário, ele pode se tornar um investimento. Nada de deixar dinheiro parado. Ele precisa ser investido.
5 – Aprenda a diferença entre renda fixa e renda variável
E por falar em investimentos, olha eles aí. Basicamente, a renda fixa pode ter uma rentabilidade prevista e a renda variável não é possível estimar o retorno, pois depende de inúmeros fatores que influenciam seu valor, tipo ações na bolsa de valores.
A fixa é para perfis mais conservadores e a variável traz mais riscos ao investidor. Ambas podem ser boas, depende do seu objetivo a longo prazo. Fora que existem diversos tipos de títulos e fundos. Estude sobre eles para ver a melhor opção de acordo com o que você pretende.
4 Livros que abordam a educação financeira
Para lidar com números também é preciso leitura. Esses livros são os mais indicados quando o assunto é educação financeira.
1- Pai rico, pai pobre – Robert T. Kiyosaki e Sharon Lechter. Um clássico da área. O best-seller fala sobre a busca da independência financeira.
2 – O homem mais rico da Babilônia – George S. Clason. Um livro criativo, em forma de parábolas ambientadas na Babilônia para te ensinar a poupar o seu rico dinheirinho.
3- Os segredos da mente milionária – T. Harv Eke. Mudança de postura e hábitos de pessoas de sucesso é o que o livro traz para quem quer aprender mais sobre como sempre ter grana no bolso.
3- A Lei do Triunfo – Napoleon Hill. Aprenda 16 lições de sucesso, a partir da investigação de hábitos e carreira de quem já o tem.
Cursos de Educação Financeira
Porque fazer um curso de educação financeira?
Utilize todas as ferramentas disponíveis para aprimorar sua consciência financeira. Escolhendo o curso certo, você garante ainda mais informações e habilidades para lidar com o dinheiro. Adquirir conhecimento com quem entende do assunto vai melhorar sua capacidade de planejar suas finanças.
Como o curso pode ajudar a controlar as finanças?
O mundo muda e, com ele, hábitos e novos ensinamentos são aprendidos.Por isso, um curso de educação financeira pode abrir sua mente para trilhar novos caminhos para seus investimentos.
Com certeza você aprenderá coisas novas das quais nunca tinha ouvido falar. Não se trata de aprender a fazer planilhas, não, o negócio é bem mais profundo.
Quais cursos começar a fazer?
Gestão de finanças do Banco Central: um curso animado e com história, para te ajudar na organização financeira. São 20 horas de curso em vídeo, com animações e histórias para fazer refletir sobre hábitos cotidianos. O curso passa pela nossa relação com o dinheiro, orçamento, consumo consciente e investimentos. Vale a pena!
Como gastar conscientemente da FGV: não dá para falar de cursos financeiros sem falar de FGV. Esse aqui vai te ajudar no planejamento do seu orçamento, refletindo sobre o querer e precisar e nossa relação com o consumo e a felicidade.
4 Apps de educação financeira
Porque usar um aplicativo?
Na era cada vez mais digital, os apps são nossos aliados. Para quem está em uma rotina corrida, receber alertas e notificações pode te ajudar a lembrar de atividades e refrear o consumo. Apps também ajudam no planejamento e estão sempre à mão, facilitando seu processo de aprendizagem da educação financeira.
Como o aplicativo pode ajudar a controlar as finanças?
Com pequenos gatilhos, os apps oferecem mini atividades diárias e relatórios sobre sua vida financeira. Assim, fica mais fácil visualizar como você está tratando seu dinheiro, ajudando a diminuir compras desnecessárias, por exemplo.
Aplicativos de educação financeira
1- Guiabolso: o mais conhecido entre os apps de educação financeira. Ele agrupa suas informações como contas e cartões, centralizando tudo em um só lugar, além de sugerir investimentos para o seu perfil. É um verdadeiro assistente financeiro.
2- Gorila: esse app é mais voltado para investidores. Acompanhe sua carteira de investimentos com facilidade.O app oferece um cálculo automático de rentabilidade dos seus investimentos, permitindo você organizar melhor suas escolhas.
3- Contas online: o sistema conta com plano gratuito e pago para te ajudar nas finanças. Ele também tem uso empresarial. Organize suas contas, cartões, emita relatórios e obtenha gráficos sobre sua vida financeira.
4- Minhas Economias: gerenciador gratuito e que te ajuda no planejamento financeiro para o futuro. Para lançar suas informações de gastos e ganhos não é preciso estar conectado. Basta lançar no app e tudo será sincronizado quando você estiver online.
Dicas de educação financeira bônus: seja seu próprio educador financeiro
Apenas você pode boicotar seu planejamento e sucesso financeiro. Educação financeira vai exigir mais atenção no começo, mas depois, você terá a habilidade dominada e não precisará pensar para tomar decisões assertivas e conscientes em relação ao seu dinheiro.
Todo o conhecimento adquirido já será aplicado automaticamente no seu dia a dia. A educação financeira é sobre exercitar e educar sua mente para o sucesso.
Por isso, ao longo do aprendizado, você tratará o assunto como quem anda de bicicleta. Siga sempre em direção ao objetivo, evitando desviar do caminho ou cair em buracos. Você é o criador do seu próprio mérito.
Em tempo: fizemos este material para você consultar sempre que houver necessidade. Buscamos ao máximo esclarecer dicas básicas sobre educação financeira. Entretanto, sabemos que dúvidas sempre existirão. E, por esse motivo, queremos saber: qual é a sua questão sobre educação financeira?
O que você mais gostaria de saber sobre o assunto e não encontrou neste texto? Deixe sua observação nos comentários. Será um prazer esclarecer!